sexta-feira, dezembro 18, 2009

memórias cálidas de inverno ♥

Hoje não tem "como-fazer", nem "tipos-de", nem "Top 5 _!_", ou qualquer coisa assim. Tudo que você já viu nesse blog e raxoulittros? Hoje não tem.
Isso mesmo, hoje você não vai raxarlittros (adorei essa palavra *-*). Não gostou? Vai embora que eu também não gosto de você. BRIIINCADEIIRINHA, vai embora não :)
Como eu ia dizendo, hoje eu vou mudar de hábito um pouco. Depois da minha tentativa #FAIL de tentar operar uma máquina de lavar roupa, ficar assistindo Winks ou sei lá que diabo a quatro é aquilo, e sentir meu cérebro sendo sugado por aquela musiquinha viciante e me deprimir mais um pouquinho, descobri que toda as minhas ideias foram dar um passeio e voltam só depois de amanhã.
e agora minha gente?! COMOFAS?! pensei. dou o post de hoje pra mandy_kira ou pra luh? não. Por isso que hoje vocês vão ler em primeira mão um trecho de uma história que, se um dia eu tomar vergonha na cara e deixar de ser preguiçosa, vai sair da minha mente e se transformar num livro.

DICA: LER O TRECHO OUVINDO STRANGER-SECONDHAND SERENADE.

Memórias Cálidas de Inverno

A neve caía lá fora, numa manhã normal e corriqueira na grande cidade de Nova York. O vidro embaçado me mostrava sombras do que seriam prédios cinzentos riscando o céu branco de nuvens geladas. A TV estava desligada, e mostrava na superfície lisa e escura o reflexo da confusão e da tristeza. Esse reflexo era eu.
Com minha cabeça pesada repousando em meus joelhos nus, algumas lágrimas desciam por minhas pernas e molhavam a colcha colorida do hotel. Minha respiração era calma e compassada, destoando de toda a cena que se encontrava ao meu redor: as roupas bagunçadas, os lixos jogados no carpete, a cadeira estúpida caída no chão, parecendo um marionete jogado nos fundos de um teatro de bolso.
Meu coração estava partido, não porque alguém o quebrou em milhares de pedaços cristalinos, mas porque duas pessoas conseguiram conquistá-lo. E não era como se eles fossem os opostos de um imã, cada um com seu jeito e com suas qualidades. Não. Os dois eram tão assimetricamente iguais... E também eram irritantemente impossíveis.
Por que eu tinha de me apaixonar? Por quê? Não era o bastante sofrer por um, agora eu tinha de sofrer por outro? Duas pessoas tão iguais, e ao mesmo tempo diferentemente impossíveis. Enquanto um parecia tão perto e recorrente, mas nem ao menos sabia de minha mera existência, outro mora a milhares de quilômetros de minha realidade, e apenas numas férias de inverno ele conseguiu roubar os meus sonhos de depositá-los em minhas mãos.
Ao mesmo tempo que queria voltar no tempo, apagar todas aquelas MEMÓRIAS CÁLIDAS DE INVERNO do meu pensamento, queria agarrá-las e guardá-las num pote de palha, tecido por mim, e escondê-lo nos mais secretos e cristalinos esconderijos.
Talvez, um dia, eu conheça uma pessoa calma, caseira e que goste de sertanejo e forró. Alguém completamente diferente de todos meus amores platônicos e que, talvez, aqueça um pouco meu coração. E talvez, só talvez, essa pessoa me pedirá em casamento, eu aceitarei, e construiremos alicerces de areia que suportem a delicada teia familiar que viria a seguir. Mas nunca, nunca, eu iria me esquecer daquelas memórias guardadas no pote de palha que eu teci tantos anos atrás. Um dia ele me encontraria chorando no quarto, num lamento mudo como aquele que ocorria naquele quarto de hotel. Ele me perguntaria o que acontecera, e eu apenas responderei que foi uma saudade do passado, da minha juventude que joguei fora e tantas coisas que eu podia ter vivido e não vivi, por falta de coragem.
Levantei-me da cama, peguei meu celular e limpei as lágrimas com a manha do pijama. Disquei trêmula o número de Nate. Era apenas aquela vontade de ouvir a voz dele, de falar com ele mais uma vez, de poder se lembrar daquele timbre no dia em que eu me casaria com o pagodeiro.
- Al- Mal ele atendeu o celular, eu fechei o flip e joguei no chão, sentindo meu corpo ficar dormente.
Fui até a janela, passando os dedos pela superfície fria e transparente, encarando o movimento da rua de baixo. Minhas pernas molhadas de lágrimas captavam a leve brisa que passava pelo quarto, fazendo os cabelos de minha nuca ficarem arrepiados. Encostei a testa na janela, fechando os olhos. Queria voltar, queria ficar; queria confessar tudo, e ao mesmo tempo guardar tudo só pra mim; queria tirá-los da minha vida, e ao mesmo tempo juntar os dois no mesmo lugar. Eu era uma porra de um paradoxo ambulante.
A porta se escancarou do nada, mostrando um garoto de cabelos louros escuros e olhos negros. Ele estava quase todo molhado, e estava tremendo.
- Geogia, o que aconteceu? Você me liga do nada, eu chego aqui você tá chorando, parece que o Katrina passou por aqui! - Nate se aproximou de mim irritado, largando o skate velho no chão num baque surdo. - Você tá bem?
- N-nate...
Eu não queria falar nada. O loiro estava preocupado, dava para ver no semblante dele. Meu avião partia no dia seguinte, e ele não sabia disso. Não precisava saber.
- Georgia! - Nate foi abrindo caminho até chegar bem perto de mim. Estendeu os braços e pegou no meu ombro, passando os dedos frios pela minha pele, num ato de consolo. Levantei a cabeça e encarei seus orbes negros, vendo as estrelas nessa abóboda minúscula. Foi quase como um impulso qualquer, ou talvez tenha sido meu estado de entorpecimento. O toque dele era quase como a mais potente das drogas, a mais excitantes das viagens.
E, naquele impulso, quebrando todos os meus princípios que construíra até então, levantei meu colo de pé e beijei seus lábios frios, mas cálidos, com os meus adormecidos.


7 comentários:

@mandy_kira disse...

uuuuuuuuuuia, aaaaaaaamei a estória! :D
nate loiro? ah ookay! =3
HSIUAHSIUHAUISHA
amei amei amei

Anônimo disse...

*-* Dii vc arrasa!! AMEII!! *-*

nate loiro? ah ookay! =3 [2]

aushauhsuahsuahsuhauhsahsahsu

Demaiiisss! *-*

Varda disse...

STRANGER-SECONDHAND SERENADE????

Unknown disse...

UIIII de onde veio tanto inspiração dih!?!?
a história ou estória ( sei lá qua, acho que preciso ler esse post de novo) é linda, a musica tb dih!
vc tinah razão eu ia gostar dessa banda e gostei mesmo!!

Mariana Lopes disse...

publique um livro [dois, três..] enquanto eu estiver viva, por favor.
adorei o blog!

@diana_sgg disse...

é que é outro nate gente ;x o co chega daqui a pouco , haha :D
mariana, obriigada :) prometo que vou tentar, viu ? continue lendo o blog (;
Sabia que ia gostar, vi ;)

lucasfujimori disse...

nossss muito boa historia curti pra caramba publica nos sites de amador aii vai indoo ateh chegar un dos sites mais oficiais de historias é possivel e é bem dahoraa